sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sistema Respiratório

O aparelho respiratório é constituído pelos pulmões e um sistema de tubos que comunicam o parênquima pulmonar com o meio externo. É costume distinguir no aparelho respiratório uma porção condutora, que compreende as fossas nasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos, e uma porção respiratória (onde têm lugar as trocas de gases), constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. Os alvéolos são estruturas de paredes delgadas que facilitam a troca do CO2 do sangue pelo O2 do ar inspirado.
Além de possibilitar a entrada e saída de ar, a porção condutora exerce as importantes funções de limpar, umedecer e aquecer o ar inspirado, para proteger o delicado revestimento dos alvéolos pulmonares. Para assegurar a passagem continua de ar, a parede da porção condutora é constituída por uma combinação de cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular liso, o que lhe proporciona suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade.
A maior parte da porção condutora é revestida por epitélio ciliado pseudo-estratificado colunar com muitas células caliciformes (produção de muco), denominado epitélio respiratório. O epitélio respiratório típico consiste em cinco tipos celulares, identificáveis ao microscópico eletrônico. O tipo mais abundante é a célula colunar ciliada (transporte de muco). Cada uma possui cerca de 300 cílios na sua superfície apical.
Cilíndrico ciliado com células caliciformes e tecido conjutivo

Fossas nasais:
São revestidas por uma mucosa com diferentes estruturas, segundo a região considerada. Distinguem-se nas fossas nasais três regiões: O vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória.
O vestíbulo é a porção mais anterior e dilatada das fossas nasais, sua mucosa e continuação da pele do nariz, porém o epitélio estratificado pavimentoso da pele logo perde sua camada de queratina e o tecido conjuntivo da derme dá origem a lâmina própria da mucosa. Os pêlos curtos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas presentes no vestíbulo constituem uma barreira a penetração de partículas grosseiras nas vias áreas.
A área respiratória compreende a maior parte das fossas nasais. A mucosa dessa região é recoberta por epitélio pseudo-estratificado colunar ciliado, com muitas células caliciformes.

Nasofaringe:
É a primeira parte da faringe, continuando caudalmente com a orofaringe, porção oral desse órgão. A nasofaringe é revestida por epitélio tipo respiratório. Na orofaringe o epitélio é estratificado pavimentoso.

Laringe:
É um tubo de forma irregular que une a faringe à traquéia. Suas paredes contêm peças cartilaginosas irregulares unidas entre si por tecido conjuntivo fibroelástico. As cartilagens mantêm a luz da laringe sempre aberta, garantindo a livre passagem do ar. As peças cartilaginosas maiores (tireóide, cricóide e a maior parte das aritenóides) são do tipo hialino: as demais são do tipo elástico.

Traquéia:
É uma continuação da laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares.
A secreção, tanto das glândulas como das células caliciformes, forma um tubo viscoso contínuo, que é levado em direção a à faringe pelos batimentos ciliares, para remover partículas de pó que entram com o ar inspirado.
Mucosa respiratória que reveste a traquéia

            Árvore brônquica
            A traquéia rafimica-se originando-se dois brônquios que, após curto trajeto, entram nos pulmões através do hilo. Esses brônquios são chamados de primários. Pelo hilo também entram artérias e saem vasos linfáticos e veias. Todas essas estruturas são revestidas por tecido conjuntivo denso, sendo o conjunto conhecido por raiz do pulmão.

             Brônquios:
            Nos ramos maiores, a mucosa é idêntica à da traquéia, enquanto nos ramos menores o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica em fibras elásticas. Segue-se à mucosa uma camada muscular lisa, formada por feixes musculares dispostos em espiral que circundam completamente o brônquio.

              PULMÃO- TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO AOS BRÔNQUIOS (BALT), (100X)

 Bronquíolos:
São segmentos intralobulares, tendo diâmetros de 1mm ou menos: não apresentam cartilagem, glândulas ou nódulos linfáticos.O epitélio, nas porções iniciais, é cilíndrico simples ciliado, passando a cúbico simples, ciliado ou não, na porção final.
Quando se compara a espessura das paredes dos brônquios com a dos bronquíolos, nota-se que a musculatura bronquiolar é relativamente mais desenvolvida que a brônquica. As crises asmáticas são causadas principalmente pela contração da musculatura bronquiolar, com pequena participação da musculatura dos brônquios.

Bronquíolos Terminais:
Denominam-se bronquíolos terminais as últimas porções da árvore brônquica. Revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas.

Bronquíolos Respiratórios:
Cada bronquíolo terminal se subdivide em dois ou mais bronquíolos respiratórios que constituem a transição entre a porção condutora e a respiratória.
É um tubo curto, com presença de numerosas expansões saculiformes constituídas por alvéolos, onde têm lugar troca de gases.

Ductos Alveolares:
Á medida que a árvore respiratória s prolonga no parênquima pulmonar, o número de alvéolos abrindo-se no bronquíolo respiratório vai aumentando até que a parede passa a ser constituída apenas de alvéolos, e o tubo passa a ser chamado de ducto alveolar. Tanto os ductos alveolares como os alvéolos são revestidos por epitélio simples plano cujas células são extremamente delgadas.

Alvéolos:
O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares constituídos por diversos alvéolos.
Os alvéolos são estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios, constituem as últimas porções da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas semelhantes aos favos de colmeia, abertas de um lado, cujas paredes são constituídas por uma camada epitelial fina que se apóia num tecido conjuntivo delicado, onde está presente uma rica rede de capilares sanguíneos. Essa parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos, constituindo, portanto, uma parede ou septo interalveolar.
 Esquema tridimensional dos alvéolos pulmonares






Referência Bibliográfica:
CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, L.C. Histologia Básica. Décima edição; Rio de Janeiro; Editora Guanabara Koogan S.A,2004.p.339-351.

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